Evite comer isso no pós-operatório de pterígio

A alimentação desempenha um papel fundamental na recuperação após a cirurgia de pterígio. Os alimentos certos podem ajudar na cicatrização, reduzir a inflamação e evitar que o pterígio volte a crescer. Já uma alimentação inadequada pode atrasar o processo de recuperação e causar desconfortos no pós-operatório.

Neste artigo, explico de forma prática o que acontece após a cirurgia, o que devemos priorizar na dieta e quais alimentos devemos evitar nesse período.

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O que acontece no pós-operatório da cirurgia de pterígio

Após a cirurgia, é comum o olho apresentar ressecamento e inflamação local.
Essas duas condições exigem cuidados específicos na alimentação para garantir uma recuperação mais rápida e confortável.

Portanto, os objetivos principais da dieta são:

1. Melhorar a lubrificação ocular, ajudando na produção de uma lágrima mais estável e protetora;
2. Reduzir a inflamação no local da cirurgia, diminuindo o risco de recorrência do pterígio.

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Alimentos que ajudam na lubrificação dos olhos

A lágrima é composta por três camadas: uma de gordura, uma aquosa e uma de mucina (responsável por fixar a lágrima à superfície do olho).
Para mantê-las equilibradas, é importante incluir alimentos ricos em gorduras boas e água na sua rotina.

• Abacate: rico em ácidos graxos que fortalecem a camada lipídica da lágrima e reduzem a evaporação.
• Castanhas e nozes: fontes de gorduras essenciais que ajudam a manter a lágrima estável.
• Água: o fator mais importante. Multiplique o seu peso por 0,03 para descobrir a quantidade ideal em litros por dia.
  Exemplo: 70 kg × 0,03 = 2,1 litros de água por dia.

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Alimentos que aumentam a inflamação e devem ser evitados

Durante os primeiros 30 dias após a cirurgia, é essencial evitar alimentos inflamatórios que possam comprometer a cicatrização.

• Mariscos (camarão, siri, lagosta, caranguejo): contêm quitosana, uma proteína altamente inflamatória.
• Carne de porco: estimula uma cicatrização exagerada, podendo causar granulomas e aumentar o risco de o pterígio voltar.
• Pimenta: contém capsaicina, que eleva a inflamação e o desconforto ocular.
• Soja e derivados: aumentam a liberação de substâncias inflamatórias no organismo.
• Peixes de couro (como bacalhau, cação e arraia): devem ser evitados temporariamente.
• Bebidas alcoólicas e cigarro: ambos inflamam o local da cirurgia e aumentam o risco de infecção — fatores que comprometem seriamente o resultado cirúrgico.

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Alimentos que reduzem a inflamação e favorecem a cicatrização

Agora que você já sabe o que evitar, veja os alimentos que devem fazer parte da sua rotina alimentar após a cirurgia:

• Peixes de escama (pescada, namorado, robalo): ricos em ômega 3, auxiliam na cicatrização e reduzem a inflamação.
• Frutas vermelhas (maçã, acerola, morango, uva roxa): ricas em antocianinas, potentes antioxidantes que ajudam na regeneração ocular.
• Azeite extravirgem: contém polifenóis, substâncias anti-inflamatórias que protegem as células saudáveis.
• Vegetais de folhas verdes (couve, alface, espinafre): ricos em vitaminas A, C e K, além de compostos antioxidantes como a curcumina e o sulforafano.
• Sementes de chia e linhaça: regulam substâncias inflamatórias no local da cirurgia.
• Açafrão (cúrcuma): fonte natural de curcumina, um dos anti-inflamatórios naturais mais potentes.
• Chocolate com alto teor de cacau (acima de 70%): contém polifenóis que favorecem a cicatrização e reduzem a inflamação.

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Conclusão

Manter uma alimentação equilibrada e anti-inflamatória é essencial para garantir uma boa recuperação após a cirurgia de pterígio.
Ao seguir essas orientações, você ajuda o seu corpo a cicatrizar melhor, reduz o desconforto ocular e diminui significativamente o risco de recidiva da “carne no olho”.

Cuide da sua alimentação e do seu repouso — o seu olho agradece.